Henrique Prior


A máscara do cinismo da política de agressão levada a cabo pela troyka formada por Israel, Arábia Saudita e Estados Unidos da América, que financia, arma e apoia logisticamente o DAESH, o chamado Estado Islâmico, aparentemente um grupo sunita ultrarradical, rasgou-se ligeiramente com o ataque ao parlamento do Irão e ao túmulo do ahyatolah Khomeyni. Sabendo que o Irão é o último baluarte de apoio à causa palestiniana, Israel, secundado pela Arábia Saudita e pelos EUA, tenta promover a instabilidade no Irão como o fez na Síria.
Esquecem, porém, que o Irão é um país forte porque tem um poder democraticamente legitimado como não acontece na tribal e totalitária Arábia do clan Saud nem nos regimes árabes fantoches que secundam a política de Israel. Esquecem que o analfabetismo reina na Arábia dos Saud, enquanto a literacia e o saber fazem parte da vida do Irão, cujas mulheres ocupam o maior número de lugares nas universidades. E isso dá ao Irão uma enorme vantagem, para além da coesão religiosa que tem na razoavelmente tolerante crença shiita.
Assim, nem os fanáticos e intolerantes sunitas, cujo baixo caráter se exibiu na postura da seleção de futebol da Arábia Saudita que desrespeitou o minuto de silêncio pelas vítimas do atentados na Inglaterra, mostrando quanto a ditadura cleptocrática dos Saud apoia esses atentados, nem os fanáticos e opressores judeus de Nethanyhau conseguirão destruir o Irão.
Bem pelo contrário, quando o fim da riqueza mar do petróleo transformar a Arábia Saudita no que é, apenas um deserto com uma população iletrada e miserável, o Israel sionista perceberá que perdeu uma oportunidade histórica de alcançar uma paz justa com os palestinianos, regressando aos limites de antes da guerra dos seis dias, e garantindo a convivência lado a lado dos povos judeu e palestiniano que, afinal, são irmãos de sangue como a genética prova, e tudo têm a ganhar por viverem em paz e no respeito mútuo.
COMEMORAÇÕES DO 10 DE JUNHO, DIA DE PORTUGAL E DE CAMÕES
Excelente escolha do local: no Porto, de onde houve o nome de Portugal, junto ao mar do nosso destino. Bom discurso do Presidente da República. Excelente discurso do Professor Sobrinho Simões, que irei procurar colocar na incomunidade.com.
Sobrinho Simões desmontou o ignorante e salazarento discurso a raça portuguesa, lembrando que a genética prova que somos um dos povos mais miscigenados do mundo, com sangue que ao sangue dos iberos, dos celtas, dos latinos, dos suevos, dos visigodos, juntou sangue proveniente do norte de África e da África negra, e ainda, o que raramente é lembrado, dos ameríndios.
Por isso, o respeito pelo outro, o sentido da fraternidade para com os que procuram em Portugal o seu refúgio contra a tragédia das guerras, ou o nosso acolhimento perante as dificuldades da vida que enfrentam nos seus países, como ainda recentemente sucedeu com tantos portugueses, sendo uma necessidade imperiosa de rejuvenescimento da nossa sociedade envelhecida, é também um imperativo moral que os portugueses devem abraçar.
Finalmente, não deixou Sobrinho Simões de assinalar o enorme progresso de que o país beneficiou após o 25 de Abril: em 1974 Portugal tinha o nível de analfabetismo que a Suécia tinha 100 anos antes. Temos hoje uma geração que rivaliza com as gerações mais bem preparadas do mundo. E sublinhou o evidente que vem da milenária sabedoria chinesa: quem quer colher a um ano, semeia; quem quer colher a 10 anos planta árvores; quem quer colher a 100 ou mil anos, semeia e planta o saber.
HENRIQUE PRIOR