Henrique Prior


Conheci um presidente de Junta de Freguesia que afirmava poder colocar como presidente da sua Câmara nem que fosse um fardo de palha. O cínico e crápula Putin, e o crápula e cínico patrão da americana cadeia de televisão CNN cujo nome não interessa recordar, colocaram na presidência dos Estados Unidos da América não o tal fardo de palha, mas o burro. E é nas mãos desse burro que estão os destinos do mundo, o que nos deve deixar cheios de temor porque, frequentemente, os burros fogem dos donos.
Vem isto a propósito da “mãe de todas as bombas” que Trump mandou lançar sobre o Afeganistão, pelos vistos com o desconhecimento do presidente desse país, um tal Karzai, agente da CIA que a CIA já despreza. Soube-se que se os EUA têm a “mãe de todas as bombas”, com uma potência equivalente a 11 toneladas de TNT, a Rússia de Putin já tem o “pai de todas as bombas”, com uma potência quatro vezes superior.
Não duvido que Trump já mandou fabricar à Lockheed um qualquer “filho de todas as bombas”, com uma potência 4 vezes superior à mãe, e 4 vezes superior ao pai. Na Lockheed, claro, porque como nos bons tempos de Hitler em que quem ganhava com a guerra era a Krupp e similares, fabricantes de canhões e aviões, na América quem ganha com as guerras são as Lockheed e similares, fabricantes de aviões e bombas.
Assim como sucedeu na Alemanha de Hitler, em que quem mandava eram os donos da banca e do aço, na América de Trump quem manda são a banca e os fabricantes de bombas.
Por isso tem de haver sempre guerras: se elas não existirem, os verdadeiros fabricantes de armas de destruição maciça ( onde estás tu, Saddam Hussein?) ficam com excesso de capacidade de produção, começam a entrar em crise, e, como dizia o velho Marx, o sistema treme.
Pelos vistos continuará a ser assim por muito tempo, porque não se pode exterminá-los!

HENRIQUE PRIOR